Passada a pandemia da covid-19, o Austa Hospital e o Austa Medicina Diagnóstica voltam a realizar este ano uma importante ação de prevenção ao câncer de próstata, no Instituto dos Cegos Trabalhadores de Rio Preto. Durante a manhã desta terça-feira (21/11), 36 deficientes visuais passaram por consulta com Dr. Glauco Veloso Rodarte de Melo, o médico urologista do Austa Hospital e coordenador da ação solidária.
Na primeira ação, realizada em 2019, um dos 40 homens atendidos descobriu ter câncer de próstata. “Felizmente, houve tempo de realizar a cirurgia e ele está curado. Salvamos uma vida, o que recompensa o empenho de todos do Austa e do instituto envolvidos nesta iniciativa”, afirma o urologista.
Pai de um deficiente visual, Dr. Glauco, ao ter contato com o Instituto, constatou à época que os homens com mais de 40 anos atendidos pela entidade jamais haviam realizado o exame preventivo. “Convidei o Austa Hospital para ser parceira nesta ação de prevenção e aderiu imediatamente”, conta o urologista.
Além do hospital, o Austa Medicina Diagnóstica também participa, realizando os exames de PSA, sigla em inglês para o antígeno prostático específico, que tem por objetivo auxiliar o médico urologista na detecção, precoce ou não, do câncer de próstata e de outras doenças, como a hiperplasia prostática benigna e a prostatite.
A fisioterapeuta Regiane Pires, coordenadora do Instituto dos Cegos Trabalhadores, destacou a importância da ação.
Assim como em 2019, desta vez o professor de música Nei Cândido dos Santos fez questão de fazer o exame e passar pela consulta. “Para nós, que temos dificuldade de mobilidade pela cidade, é realmente complicado ir a um centro médico para fazer o exame. Com essa ação, fica mais prático para nós, que já estamos acostumados a vir aqui no Instituto”, disse o professor de música.
O aposentado Ailton da Silva fez questão de se deslocar de Catanduva, onde mora, para ser avaliado pelo urologista, como fez em 2019. “Fazer o exame todo ano nos dá tranquilidade. Todos os homens têm que deixar a vergonha de lado e se prevenir”, afirmou.
A importância da mensagem de Ailton fica evidente diante do resultado da pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) sobre a percepção do homem sobre sua saúde. No levantamento, apenas 32% dos homens acima de 40 anos disseram estar muito preocupados com sua saúde e 46% só vão ao médico quando sentem algo. Esse número aumenta para 58% se o homem utiliza apenas o SUS.
Apesar do descaso, metade deles tem medo ou ansiedade quando pensam em sua saúde.
Apesar de ser a doença mais prevalente da próstata, a hiperplasia benigna (HPB) é conhecida apenas por 43% dos homens. A maioria diz saber sobre o câncer (75%) e a prostatite (59%). O desconhecimento da HPB é maior entre os mais jovens, de 40 a 44 anos (apenas 39% sabem o que é), e entre os moradores da região Norte (33% sabem o que é).
A estimativa é de que cerca de 50% dos homens acima de 50 anos terão algum grau de HPB.
Na HPB a próstata, uma glândula localizada abaixo da bexiga em homens, aumenta de tamanho devido ao crescimento celular excessivo. E é mais comum em homens acima de 50 anos.
Os sintomas incluem aumento da frequência ao urinar durante o dia, diminuição da força e calibre do jato urinário, dificuldade para iniciar a micção, sensação de urgência para urinar e outros sintomas relacionados ao trato urinário.
Esses sintomas ocorrem porque o aumento do tamanho da próstata pode comprimir a uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. Isso leva a uma obstrução parcial do fluxo urinário e causa os sintomas mencionados.
Além disso, a HBP também pode afetar o funcionamento da bexiga e dos rins. A obstrução do fluxo urinário pode causar um aumento da pressão dentro da bexiga, o que pode levar a problemas na capacidade de esvaziar completamente a bexiga. Isso, por sua vez, pode resultar em infecções urinárias recorrentes e outros problemas relacionados à bexiga.
A identificação precoce dos sintomas da HBP é importante para que o tratamento possa ser iniciado imediatamente. Existem várias opções de tratamento disponíveis, incluindo medicamentos para diminuir o tamanho da próstata e aliviar os sintomas, terapia comportamental para melhorar o controle urinário e, em casos mais graves, cirurgia para remover a parte da próstata que está causando a obstrução.
Alguns sinais e sintomas, embora não específicos do câncer de próstata, podem ser encontrados e merecem muita atenção:
– sangue na urina ou no sêmen;
– micção frequente;
– fluxo urinário fraco ou interrompido;
– noctúria (levantar-se diversas vezes à noite para urinar).
Por: Assessoria de Imprensa
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