Em maio, o Sesc Rio Preto realiza duas ações que buscam evidenciar realidades e descontruir preconceitos e estereótipos vinculados às pessoas LGBTQIA+, fomentando a livre expressão das diferenças, o espaço de diálogo e convivência, o respeito e a transformação social.
A programação vai ao encontro do Dia Internacional contra a homofobia, a transfobia e a bifobia, celebrado no dia 17/5. No dia 12/5, sexta, às 20h, o encontro “Sarau das Liberdades – Livre Sou?!” convida o público a se apropriar do microfone aberto para curar cicatrizes coletivas. Já no dia 13, sábado, a partir das 10h, o workshop de escrita literária “Textos Impossíveis” propõe a busca por um estilo próprio no uso da escrita.
Encerrando a programação, no dia 16 de maio, terça, o escritor Stênio Gardel conversa sobre Raimundo, personagem de seu romance “A Palavra que resta”. O encontro acontece em dois horários, às 15h, direcionado ao público do programa Trabalho Social com Idosos, do Sesc Rio Preto, e às 19h30, direcionado aos demais interessados.
Instituído em 17 de maio, o Dia Internacional contra a homofobia, a transfobia e a bifobia é uma das datas mais importantes para a comunidade LGBTQIA+, pois foi nesta data que Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID), em 1990.
Historicamente a população LGBTQIAP+ é responsável por conquistas e mudanças culturais para toda população, como o programa de tratamento e acompanhamento para pessoas que vivem com HIV, a influência na transformação do pensamento médico científico sobre concepções de normalidade e anormalidade, a desconstrução de papeis socias de gênero que impõem regras e sofrimento psíquico independente da identidade de gênero de cada pessoa, dentre outras conquistas que transformaram e transformam a vida de todas as pessoas.
Ainda assim, é um grupo que sistematicamente sofre violências quando se pensa a ideia de saúde integral, seja por não ter garantidos direitos mínimos de acesso e dignidade, pelo despreparo de profissionais ou pelo contundente fato de não poderem exercer o direito de existirem livremente.
Considerando esses aspectos da realidade social, a 5ª edição do projeto “Legitima Diferença”, realizado em diversas unidades do Sesc no estado de São Paulo, propõe refletir, por meio de formatos múltiplos, sobre os aspectos vinculados a saúde integral da população LGBTQIAP+.
No Sesc Rio Preto, a programação conta com o “Sarau das Liberdades – Livre Sou?!” conduzido por Christina Martins, Esu Maye, Cairo do Mato, Mayk Ricardo, Bia Fernanda e Murilx Gussi e participação especial de Amara Moira. Através da poesia em flerte com outras linguagens, o sarau, realizado dia 12, sexta, às 20h, revisita textos de Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan e Linn da Quebrada, convidando o público a curar cicatrizes coletivas, em uma celebração à comunidade, através do microfone aberto.
No sábado, dia 13, a partir das 10h, a travesti, feminista, doutora em teoria e crítica pela Unicamp, Amara Moira, propõe aos participantes encarar a escrita como uma reescritura insistente de um eterno rascunho, com apropriações e deformações na busca por um estilo próprio ou uma marca inconfundível. A intenção é que o escrever e o criticar estejam sempre em pé de igualdade.
Na terça, dia 16, o escritor Stênio Gardel narra a história de Raimundo, um homem analfabeto de 71 anos que volta à escola para aprender a ler e enfim conhecer o conteúdo de uma carta guardada há cinco décadas. Escrita por Cícero, com quem se envolveu na juventude, é o último resquício de um relacionamento brutalmente interrompido. O encontro acontece em dois horários, o primeiro às 15h com o foco no público idoso, em destaque o grupo do programa Trabalho Social com Idosos do Sesc Rio Preto. Nele o autor parte de seu personagem para despertar memórias dos afetos que trazemos conosco ou deixamos pelo caminho. No segundo encontro, realizado às 19h30, o público compartilha o processo de criação do autor durante a escrita do livro “A palavra que resta”, primeiro romance de Stênio, escrito durante os “Ateliês de Narrativa” ministrados pela escritora Socorro Acioli em Fortaleza.
Serviço:
Sarau das Liberdades – Livre Sou?!
Com Christina Martins, Esu Maye, Cairo do Mato, Mayk Ricardo, Bia Fernanda e Murilx Gussi. Convidada especial: Amara Moira. Direção: Murilx Gussi.
A afirmação das vivências LGBTQIA+ passa pela ideia de liberdade. Ser livre para amar. Livre para questionar as regras sociais. Livre para ser. Mas como se apropriar desta liberdade? Através da poesia em flerte com o teatro, a dança e a música, o sarau revisita textos de Caio Fernando Abreu, João Silvério Trevisan e Linn da Quebrada, convidando o público a tomar o microfone aberto para curar cicatrizes coletivas, em uma celebração à comunidade.
Dia 12/5, sexta, das 20h às 21h30.
Local: Comedoria
Grátis. Livre
Workshop – Textos impossíveis
Com Amara Moira, travesti, feminista, doutora em teoria e crítica pela Unicamp.
Por meio de fragmentos de textos consagrados ou desconhecidos, a escritora propõe aos participantes desta oficina literária encarar a escrita como uma reescritura insistente de um eterno rascunho, com apropriações e deformações na busca por um estilo próprio ou uma marca inconfundível. A intenção é que o escrever e o criticar estejam sempre em pé de igualdade.
Amara Moira é travesti, feminista, doutora em teoria e crítica pela Unicamp (com tese sobre o Ulysses, de James Joyce) e autora de “E se eu fosse puta” (hoo editora, 2016), onde relata suas experiências como trabalhadora sexual, de “Vidas Trans – A coragem de existir” (Astral Cultural, 2017), onde traz a pré-história da sua transição de gênero, e de “Neca + 20 Poemetos Travessos” (O Sexo da Palavra, 2021), onde reúne seu monólogo em bajubá, a língua das travestis, e sua produção poética sobre vivências LGBTQIA+. Além disso, ela é colunista da BuzzFeed e do UOL Esporte e professora de literatura no cursinho pré-vestibular Descomplica.
Dia 13/5, sábado, das 10h às 17h.
Local: Sala de Múltiplo Uso
Grátis. 14 anos
Bate-papo: Histórias de amores, histórias de afetos
Com o escritor Stênio Gardel.
Em seu primeiro livro, Stênio Gardel narra a história de Raimundo, um homem de 71 anos que rememora um passado e um romance interrompido, criando uma história emocionante sobre afetos e rupturas. Nesta conversa, Stênio parte de seu personagem para despertar memórias dos afetos que trazemos conosco ou deixamos pelo caminho.
Stênio Gardel nasceu em Limoeiro do Norte, interior do Ceará, em 1980. Trabalha no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará e é especialista em Escrita Literária. Desde 2017 tem participado de diversas coletâneas de contos. A palavra que resta é seu primeiro romance e foi escrito durante os Ateliês de Narrativa ministrados pela escritora Socorro Acioli em Fortaleza.
Dia 16/5, terça, das 15h às 16h.
Local: Sala de Múltiplo Uso
Grátis. Livre
Bate-papo: A palavra que resta
Com o escritor Stênio Gardel.
Em seu romance de estreia, Stênio Gardel narra a história de Raimundo, um homem analfabeto de 71 anos que volta à escola para aprender a ler e enfim conhecer o conteúdo de uma carta guardada há cinco décadas. Escrita por Cícero, com quem se envolveu na juventude, é o último resquício de um relacionamento brutalmente interrompido. Nesta noite, Stênio compartilha sua criação e autografa os livros.
Stênio Gardel nasceu em Limoeiro do Norte, interior do Ceará, em 1980. Trabalha no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará e é especialista em Escrita Literária. Desde 2017, tem participado de diversas coletâneas de contos. “A palavra que resta” é seu primeiro romance e foi escrito durante os Ateliês de Narrativa ministrados pela escritora Socorro Acioli em Fortaleza.
Dia 16/5, terça, das 19h30 às 21h30.
Local: Biblioteca
Grátis. Livre
