A Polícia Civil indiciou por latrocínio o casal que mandou matar Vitor Moré Baggio e o pai dele, Wladmyr Ferreira Baggio, em um sítio de Votuporanga (SP). No dia 11 de maio, eles foram amarrados, vendados e assassinados com tiros na cabeça.
Durante a investigação, foi constatado que os mandantes foram Viviane Moré, irmã e filha das vítimas, e o marido dela, Carlos Ramos. A motivação seria uma herança avaliada em R$ 2 milhões e vingança familiar.
Segundo a polícia, a investigação também apontou que um executor foi contratado por R$ 30 mil para matar a família, sendo R$ 10 mil por cada morte. Na ocasião, a mãe de Viviane também seria assassinada, mas ela viajou no dia do crime.
“A partir da confissão de um dos autores, foi informado que tinha acontecido uma reunião três dias antes da consumação do duplo latrocínio. Nós levantamos a imagem, onde houve as tratativas”, contou o delegado Rafael Latorre.
Em seguida, o criminoso convidou um comparsa para o crime. A Polícia Civil teve acesso a áudios dos criminosos, que discutiram sobre a ação.
“Ela passou tudo que tem. Tem ouro branco, tem ouro, dinheiro, não muito, mas tem. Só mora o velho, a velha e o moleque. Tem que catar o moleque de noite, descer com ele e grudar os três”, disse.
No dia do crime, um vídeo foi enviado pelos criminosos ao casal. Na imagem que a polícia teve acesso, Vitor e Wladmyr estavam amarrados na cozinha. Eles foram mortos em seguida.
Os criminosos contratados, de 29 e 34 anos, foram presos horas depois de matar as vítimas. A princípio, eles confessaram a autoria, disseram que conheciam a rotina da família e planejavam um roubo, porém nada foi levado do imóvel.
Prisões
Com o avanço das investigações, a polícia constatou que Carlos e Viviane planejaram o crime. Eles foram presos no dia 22 de maio e foram levados para unidades prisionais de Presidente Prudente e Tremembé (SP).
A advogada Mariflavia Peixe de Lima, responsável pela defesa do casal, disse que “qualquer conclusão nesse momento é meramente especulativa” e que “Carlos e Viviane são primários, com residência e trabalhos fixos, bons antecedentes, filhos menores e vasto círculo de amizade.”
O autor contratado pelo casal foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Paulo de Faria.
Em nota, a defesa disse que ele “foi usado” e que os mandantes “aproveitaram da situação financeira em que ele se encontrava, para persuadi-lo a praticar o crime, além de manipular como o crime deveria acontecer e a versão que daria a polícia caso fosse preso.”
*Com informações do G1