Valência, Espanha – O presidente da região de Valência, Carlos Mazón, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, em um momento de forte pressão política após a devastadora crise causada pelas inundações do ano passado. A decisão ocorre um ano após a tragédia que resultou na morte de 229 pessoas e gerou indignação generalizada.
Mazón enfrentava crescente descontentamento e críticas por sua atuação durante e após a catástrofe. Famílias das vítimas o acusaram de negligência e falta de apoio, relatando que o líder regional “desapareceu” em meio à crise. Os insultos e a frustração das famílias intensificaram o clima de instabilidade política em Valência, culminando com o anúncio da renúncia.
A gestão da resposta à emergência foi alvo de intensa avaliação pública, com questionamentos sobre a eficácia das medidas de prevenção e a coordenação dos esforços de resgate e assistência. A ausência de Mazón em momentos cruciais da crise exacerbou a percepção de descaso e alimentou a revolta popular.
A renúncia do presidente abre agora um período de incertezas políticas na região, com a necessidade urgente de nomear um sucessor e restabelecer a confiança da população nas instituições. O impacto das inundações ainda se faz sentir em Valência, e a reconstrução e o apoio às famílias das vítimas continuam sendo prioridades para o futuro governo regional. O legado da tragédia e a forma como foi gerenciada pesaram fortemente na decisão de Mazón, marcando um ponto de inflexão na política valenciana.
