Os moradores do bairro Fraternidade, em Rio Preto, que dependem do sistema público de saúde estão há tempos com dificuldade para realizar exames, para conseguir remédios e marcar consulta. Em meio a uma crise na saúde municipal, a prefeitura fechou a única unidade de saúde do bairro. “Nós fomos surpreendidos com o cadeado no portão da unidade; se a gente precisa agendar consulta, retirar remédios, os moradores precisam se deslocar até o Distrito de Schmitt”, explica a diarista Ivanice Barros, de 53 anos. Moradora do bairro há 3 anos, ela encontra dificuldade pra se deslocar. “Vivemos de um salário mínimo, não tenho condições financeiras com deslocamentos”, diz.
Os hospitais da cidade como (Santa Casa e o Hospital de Base) e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Jaguaré e Norte, no Jardim Antunes, estão trabalhando no limite de sua capacidade, sofrem com a falta de vagas e na demora no atendimento. Usuários e idosos precisam esperar em pé porque não tem assento suficiente. “Moro no bairro há 5 anos, é muito triste ver esse cenário. Faz três anos que essa unidade de saúde foi inaugurada”, desabafa o publicitário Victor Hugo Pires, de 32 anos.
O ex-prefeito de Rio Preto, Valdomiro Lopes (PSB), e hoje deputado estadual, cutucou a gestão do prefeito Edinho em suas redes sociais. Para ele, se a unidade estivesse funcionando aliviaria o serviço público de saúde municipal. ” É uma notícia péssima, já que não tem mais casos graves de Covid-19 no município, o prefeito tinha que colocar a UBS em funcionamento e por funcionários pra atender a população paga os impostos e necessita de um atendimento de qualidade no SUS”, reclama a pensionista e moradora do bairro, Neli Helena Ribeiro Martins, de 56 anos.
Pandemia
O prédio abrigou os pacientes para tratamento da Covid-19, que funcionaram como Suporte Ventilatório. Ao todo foram instalados 20 leitos, que foi construído pela Construtora Pacaembu por meio de contrapartida Social. O prédio fica em uma área de 5.840m2, com área construída de 770m2.
Outro lado
A Secretaria de Saúde de Rio Preto informou que aUBS do Fraternidade está passando por pequenos reparos que serão seguidos da compra e instalação dos móveis e equipamentos. Na terceira fase, será feita a contratação de pessoal e a abertura ao público, sem data definida por conta dos prazos de licitação para a compra dos equipamentos.