Fila de espera para transplante de córnea é de até 8 meses na região de Rio Preto

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Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a realização de cirurgias para transplante de córnea aumentou de 4.374 para 7.826 entre 2020 e 2022. Os dados também mostram que o número de pacientes que necessitam da cirurgia vem crescendo a cada ano e atualmente já são mais de 24 mil pessoas na fila de espera.

Embora o número de transplantes tenha aumentado nos últimos anos, a doação da córnea, assim como de outros órgãos, ainda é pouco discutida entre a população em geral. Especialmente neste mês de setembro, o Dia Nacional da Doação de Órgãos visa conscientizar a população sobre este ato tão importante e fazer com que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto.

A doação da córnea não necessita de compatibilidade entre o doador e o receptor, o que faz com que qualquer pessoa que sofra morte encefálica ou parada cardiorrespiratória possa doar, desde que a família autorize. O passo principal para se tornar um doador é conversar com a família e comunicar o desejo, pois eles são os responsáveis por autorizar a doação.

“Além de ser um ato de empatia com o próximo, o doador pode contribuir para a melhora da qualidade de vida de pelo menos 2 pessoas”, explica a Dr. Thaís Shiota (CRM: 135.673), especialista em córnea e cirurgia refrativa no Hospital do Olho de Rio Preto (Horp).

Solange é paciente do Horp há 18 anos e, após ser diagnosticada logo na adolescência com Ceratocone Aguda em ambos os olhos, entrou na fila de espera e conseguiu passar pelo processo do transplante de córnea. Segundo ela, realizar o transplante foi um ponto de virada em sua vida.

“Durante toda a minha adolescência tive grandes dificuldades para enxergar, o que foi se agravando até o dia de receber o diagnóstico do Ceratocone. Posso dizer que o transplante de córnea me trouxe uma qualidade de vida inexplicável e possibilitou que eu estudasse e me formasse na área que sempre sonhei e pensava não ser possível por conta da minha visão”, conta Solange.

Na região de Rio Preto, mais de 8 mil pessoas aguardam pela realização da cirurgia e o tempo de espera é de até 8 meses, o que reforça a importância de promover informações e conscientizar a sociedade em geral para que conversem com seus familiares sobre o assunto.

Por: Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação