PUBLICIDADE

Filhotes de onça-parda resgatados por funcionários de usina passam por reabilitação

Teste Compartilhamento

Os filhotes de onça-parda resgatados no dia 10 de outubro por funcionários de uma usina durante a colheita de cana-de-açúcar em Monte Aprazível (SP) são macho e fêmea e estão passando pela reabilitação para serem reintroduzidos à natureza.

Segundo a Polícia Ambiental, acionada para ajudar, os felinos podem ter sido separados da mãe durante a colheita. Os filhotes têm cerca de três a cinco semanas e foram levados ao Zoobotânico de São José do Rio Preto (SP) hipotérmicos (com a temperatura do corpo abaixo do normal) e sem ferimentos.

A fêmea, conforme a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, pesa 852 gramas, e o macho, 848. Segundo a médica veterinária Natasha Fuji Ando, responsável pelo acompanhamento clínico, os animais estão sob cuidados intensivos.

O objetivo, segundo a equipe técnica, é assegurar a recuperação dos filhotes com uma dieta baseada em leite para que, quando atingirem as condições ideais, possam ser reabilitados com a autorização dos órgãos ambientais.

Dados

De acordo com o Meio Ambiente, até o dia 8 de outubro, o setor técnico contabilizou 525 animais entregues ao Zoo, entre aves, mamíferos e répteis, encaminhados por diferentes motivos – desde resgates e apreensões até acidentes e entregas voluntárias.

Entre os grupos de animais atendidos no Zoo, as aves lideram o número de entradas, com 367 registros (70%), seguidas de 146 mamíferos (28%) e 12 répteis (2%). Veja os dados abaixo:

  • 275 animais chegaram ao Zoo vítimas de traumas, o que representa mais da metade dos atendimentos;
  • 188 animais eram filhotes órfãos;
  • 17 foram entregues voluntariamente;
  • 9 vieram de apreensões da Polícia Ambiental;
  • por causas nutricionais e
  • 28 chegaram hígidos, ou seja, sem ferimentos ou doenças.

Neste caso, o centro de fauna recebeu 188 filhotes órfãos, o que representa o segundo maior grupo de atendimentos registrados em 2025 – atrás apenas dos casos de traumas, que somam 275 ocorrências no período.

Dos 525 animais recebidos, 106 foram reabilitados e devolvidos à natureza ou encaminhados a outras instituições parceiras, enquanto 69 permanecem internados para tratamento.

Outros seis foram incorporados ao plantel permanente do Zoobotânico, que abriga animais sem condições de retorno ao ambiente natural. O relatório também registra 180 eutanásias, em casos clínicos irreversíveis, e 164 óbitos decorrentes de ferimentos ou debilidade extrema.

Entre os principais fatores que explicam esse aumento estão as queimadas em áreas de preservação, a diminuição dos habitats naturais e, consequentemente, da oferta de alimentos, além do avanço urbano, das rodovias e das lavouras sobre os ecossistemas nativos.

Essas condições frequentemente resultam na morte dos pais, seja em acidentes ou incêndios, deixando os filhotes sozinhos e vulneráveis, ou na separação acidental durante atividades agrícolas e deslocamentos.

Fonte: G1 Rio Preto

Foto: Reprodução/TV TEM

Leia mais

PUBLICIDADE