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Fundos de recebíveis: entenda o que são e como funcionam

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Muitos investidores têm interesse de alocar parte dos recursos em ativos negociados na bolsa de valores que pertencem ao setor imobiliário. Dentre uma das modalidades disponíveis está o fundo de recebíveis.

Entretanto, antes de investir nos fundos de recebíveis é primordial compreender quais são as características desse fundo imobiliário, além de avaliar os riscos, cenário do segmento e as taxas cobradas.

O que são fundos de recebíveis?

Fundos de recebíveis são uma modalidade de fundo de investimento que possui lastro no setor imobiliário. Isto é, grande parte dos recursos obtidos são investidos em títulos de renda fixa como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

Assim, os fundos de recebíveis funcionam como uma espécie de condomínio, onde diversos investidores se unem para investir em ativos do mercado de imóveis.

Como funcionam os fundos de recebíveis?

Para que o fundo faça a alocação dos recursos no setor imobiliário, é nomeado um gestor do fundo que será o responsável por fazer a gestão desses recursos procurando alternativas para maximizar o lucro dos cotistas, seguindo as normativas do fundo.

Assim, a rentabilidade proveniente desses investimentos é dividida proporcionalmente a quantidade de cotas que cada investidor possui.

Há, no entanto, algumas maneiras de obter rendimentos com um fundo de recebíveis, sendo elas:

Através da rentabilidade proporcionada pelo investimento;Por meio da valorização de cotas;Dissolução do fundo.

Vale ressaltar que essa modalidade de FII, também são os chamados fundos de papel, se diferenciam dos fundos de tijolo, os quais usam os recursos de forma predominante para investir em um empreendimento imobiliário.

Quais ativos compõem os fundos de
recebíveis?

Os fundos de recebíveis investem em papéis relacionados ao setor imobiliário. Sendo assim, esses papéis podem variar, mas basicamente há três deles que são os mais procurados, sendo:

LCI – Letra de Crédito Imobiliário;CRI – Certificado de Recebíveis Imobiliários;LH – Letras Hipotecárias.

A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um tipo de investimento em renda fixa lastreado ao financiamento do mercado imobiliário. Em outras palavras, isso significa que o dinheiro do investidor que investe em LCI está sendo utilizado, no fim, para a compra ou para o financiamento de um imóvel.

Já o CRI é um instrumento de captação de recursos destinados a financiar transações do mercado imobiliário e é lastreado em créditos imobiliários. Somente instituições específicas, denominadas securitizadoras, podem emitir o CRI.

Dessa forma, os fundos de CRI são um dos ativos favoritos dos gestores de fundos. Afinal, ele
proporciona uma rentabilidade melhor do que as Letras de Crédito Imobiliários,
embora também conte com um risco um pouco mais elevado.

Já as Letras Hipotecárias são emitidas por instituições financeiras com o objetivo de captar recursos para que sejam usados na modalidade de hipotecas para clientes. Esse é um título um pouco menos comum que os demais.

Quais são as vantagens e desvantagens?

Os fundos de recebíveis possuem a
vantagem de serem um investimento um pouco mais seguro do que os fundos de tijolo, embora também ofereçam um certo grau de risco para os seus
investidores.

Além disso, essa pode ser uma alternativa de diversificar os investimentos e a carteira de fundos imobiliários, além de se expor ao mercado imobiliário de forma indireta, ou seja, sem precisar comprar um imóvel.

Mas, por outro lado, esse investimento possui risco, assim como qualquer outro, visto que o capital investido está sendo aplicado no setor de construção civil. Isto é, se houver um declínio no mercado imobiliário, o ativo pode ser impactado negativamente.

Foi possível entender o que são fundos de recebíveis? Então deixe o seu comentário, sua sugestão e compartilhe esta matéria com seus amigos nas suas redes sociais.

Fonte: Suno