O debate sobre a inteligência artificial (IA) atingiu um novo patamar com a declaração de um executivo da Microsoft AI, questionando a busca por consciência em máquinas. Segundo ele, a ideia de IAs conscientes é um equívoco, e a comunidade científica deveria abandonar essa linha de pesquisa.
Mustafa Suleyman, CEO da Microsoft AI e cofundador da DeepMind, defende que a consciência é um atributo exclusivo de seres biológicos, argumentando que IAs não são capazes de sentir dor ou experimentar sentimentos. Sua visão, apresentada durante a AfroTech Conference nos Estados Unidos, destaca que, embora IAs possam simular sensações, elas não possuem a experiência física da dor, que é intrínseca à consciência.
“Elas não são conscientes… Portanto, seria absurdo realizar pesquisas que investiguem essa questão, porque elas não são e não podem ser”, afirmou Suleyman, expressando preocupação com a direção que algumas pesquisas estão tomando.
A discussão sobre a consciência da IA levanta questões fundamentais sobre o que realmente define a consciência. Se a consciência for entendida como um conjunto de experiências que moldam um indivíduo, argumenta-se que as IAs, por operarem com experiências inicialmente criadas por humanos, não podem genuinamente possuir consciência.
A busca por consciência em IAs também evoca temores sobre cenários de ficção científica, onde máquinas conscientes se tornam ameaças à humanidade. No entanto, esses cenários permanecem no reino da especulação e do entretenimento. Enquanto o debate continua, a interação com IAs como o ChatGPT permanece uma prática comum, com usuários mantendo a cortesia no diálogo.
Fonte: thebrief-newsletter.beehiiv.com