Em celebração ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) promoveu um dia especial para suas pacientes. A programação incluiu desfile de moda, serviços de salão de beleza, sessões de massagem, sorteio de brindes e doação de perucas.
A cabeleireira angolana Elisângela Maria Torres da Silva, de 34 anos, foi uma das participantes do desfile. Diagnosticada com câncer de mama após sentir dores no seio, ela passou por oito sessões de quimioterapia e uma cirurgia para retirada do tumor. Para Elisângela, o evento é uma forma de elevar a autoestima.
O mastologista Marcelo Bello, diretor do INCA III, ressaltou a importância da iniciativa, que acontece há mais de 15 anos, como uma maneira de valorizar a vida das pacientes. Ele enfatizou que o câncer de mama não é uma sentença de morte e que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura.
Vânia Braz, assistente social e organizadora do evento, explicou que a festa surgiu do desejo das pacientes de ter um espaço de entretenimento e elevação da autoestima no local de tratamento. A iniciativa busca diminuir o estigma em torno da doença, proporcionando um momento de alegria e protagonismo para as mulheres.
A trupe de doutores palhaços Cabeça Oca, voluntários que levam alegria aos pacientes do Inca, também participou da celebração. A secretária em exercício de Políticas para Mulheres e Cuidados do Rio, Mariana Xavier, informou que a pasta arrecadou mais de 250 lenços para doação e ofereceu oficinas de massagem facial, limpeza de pele e turbantes para as mulheres em tratamento.
A festa, organizada pelo Serviço Social do Instituto com a colaboração do INCAvoluntário, também se estendeu às pacientes internadas ou em quimioterapia, que receberam visitas das equipes e tiveram acesso a sessões de massagem e serviços de beleza. O Inca estima que o país terá 73.610 novos casos da doença neste ano. O câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
