O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciaram a criação de um escritório emergencial com o objetivo de combater o crime organizado no estado. A iniciativa visa aprimorar a colaboração entre as esferas federal e estadual na área da segurança.
A coordenação do escritório será compartilhada entre o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, e o secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos. A intenção é agilizar as ações, eliminando barreiras burocráticas e respeitando as competências de cada órgão envolvido. O governador ressaltou que o foco é atender às necessidades de segurança do cidadão.
O anúncio surge após uma operação em comunidades do Rio, que resultou em um alto número de mortes e, consequentemente, em represálias por parte de criminosos, que bloquearam diversas vias da cidade.
Em resposta à situação, o governo federal planeja aumentar o efetivo da Polícia Rodoviária Federal nas estradas e o número de agentes de inteligência atuando no estado. Além disso, peritos e vagas em presídios federais foram disponibilizados para auxiliar o governo estadual.
O encontro entre Lewandowski e Castro ocorreu após o governador solicitar mais apoio do governo federal no combate ao crime organizado, afirmando que o Rio de Janeiro estava atuando “sozinho nesta guerra”. Lewandowski, por sua vez, mencionou que já havia atendido um pedido anterior do governador para a transferência de líderes de facções criminosas para penitenciárias federais.
Quanto ao uso do termo “narcoterrorismo” pelo governo do Rio para descrever o crime organizado, o ministro Lewandowski afirmou que ele não se aplica à realidade do estado, diferenciando as ações de facções criminosas de atos terroristas com motivações ideológicas.
Tanto Lewandowski quanto Castro descartaram o uso das Forças Armadas na segurança do estado através da decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O governador enfatizou que a situação das forças de segurança do Rio de Janeiro é diferente de anos anteriores, com uma força estadual capacitada para lidar com a situação.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br