O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou seu interesse em discutir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as sanções aplicadas pelo governo norte-americano a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita a jornalistas durante sua viagem pela Indonésia.
O encontro entre os dois líderes poderá ocorrer na Malásia, onde ambos participarão da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) e do encontro de líderes do Leste Asiático (EAS). Essa será a segunda vez que Lula e Trump se encontrarão; o primeiro contato ocorreu rapidamente na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.
Lula expressou seu desejo de defender os interesses do Brasil e demonstrar que houve equívocos nas taxações impostas ao país. Adicionalmente, ele pretende abordar as punições aplicadas a ministros da Suprema Corte brasileira, afirmando não haver justificativa para tais medidas.
Sete ministros do STF foram alvo de sanções dos Estados Unidos devido à atuação da Corte no julgamento dos eventos relacionados ao período do governo de Jair Bolsonaro.
Durante a Assembleia-Geral da ONU, Trump comentou sobre o breve encontro com Lula, descrevendo-o como um homem agradável e mencionando uma excelente “química” entre eles. Posteriormente, os dois presidentes conversaram por telefone, ocasião em que Lula solicitou a remoção da sobretaxa de 50% aplicada a produtos brasileiros.
“Eu quero ter a oportunidade de dizer ao Trump o que o Brasil espera dos Estados Unidos e o que o Brasil tem para oferecer. Eu já disse no telefone: não existe veto a nenhum assunto”, afirmou Lula, enfatizando a importância de um diálogo aberto entre os dois países. “Não tem assunto proibido para um país do tamanho do Brasil conversar com um país do tamanho dos EUA. Não tem nenhum veto. Vai ser uma reunião livre, a gente vai poder dizer o que quiser, ouvir o que quiser e o que não quiser também”.
Durante sua passagem pela Indonésia, Lula participou de reuniões com empresários e se encontrou com o presidente do país, Prabowo Subianto, para firmar acordos bilaterais. Ele defendeu a ampliação das relações comerciais entre o Brasil e outros países, incluindo a Indonésia.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
