No Dia Internacional da Mulher, neste dia 8 de março, 31 pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), receberam um presente que muda suas vidas e tem impacto enorme em suas vidas. Pela primeira vez no Estado de São Paulo, 40 cirurgiões plásticos uniram-se em mutirão para, nesta sexta-feira e sábado, dias 8 e março, respectivamente, reconstruírem as mamas destas pacientes do SUS que venceram o câncer. A iniciativa vai antecipar em até oito meses o tempo de espera de algumas pacientes. Além de reconstruções, são feitas também pigmentações das aréolas dos seios.
Provenientes de quatro Estados brasileiros, eles se juntaram a seus colegas do Hospital de Base (HB), de São José do Rio Preto (SP), anfitrião deste mutirão e que integra o complexo hospitalar da Funfarme, o maior do interior paulista. Esta 11ª edição mobiliza mais de 100 profissionais, os 40 cirurgiões e equipe multidisciplinar formada por psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas e até tatuadores especializados em reconstrução da aréola mamária.
“O Recmama possui importância social relevante e, felizmente, deu bastante certo. Estes renomados cirurgiões plásticos e professores do Brasil e do mundo demonstram solidariedade e altruísmo ao aderirem ao mutirão, de forma voluntária, em benefício das pacientes do SUS”, afirma o cirurgião plástico Prof. Dr. Antonio Roberto Bozola, chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Base de Rio Preto.
Esta é a 11ª edição do Recmama e a primeira no Estado de São Paulo. Desde a primeira edição do RECMAMA, em 2013, em João Pessoa, foram operadas mais de 210 mulheres.“Estamos orgulhosos de sediar a edição de 2024 do RECMAMA e Dia da Boa Vontade. A escolha para que o HB seja o primeiro hospital do estado de São Paulo a ter o evento reforça nosso compromisso e referência em saúde, em especial, a da mulher”, completa a diretora administrativa do Hospital de Base de Rio Preto, dra. Amália Tieco.
Dr. Bozola ressalta que a reconstrução mamária é um procedimento que vai muito além da estética. “É um cuidado com a saúde mental e física da mulher. O RECMAMA foi criado pela boa vontade de renomados cirurgiões que, juntos, devolvem a dignidade a essas mulheres e ainda intensificam seus conhecimentos. É um ganho mútuo para toda a sociedade”, afirma o médico.
A dona de casa Silvana Vick Ribeiro Marques, foi uma das primeiras a serem operadas. Ela foi diagnosticada com câncer em dezembro de 2021 e, três meses depois, passou por cirurgia. “Mexe muito com nossa cabeça e a autoestima. Felizmente, tive muito apoio da família”, disse a moradora de Magda (SP).
O Hospital de Base de Rio Preto é referência em cirurgia plástica no Estado de São Paulo. Realiza cerca de 20 reconstruções mamárias por mês. “O objetivo do encontro é agilizar fila de espera, ao atender um número maior de mulheres. Ficamos gratos por tantos profissionais de medicina se disponibilizarem a sair de seus estados, e até países, utilizando de recursos próprios, para operarem de forma gratuita. Além da autoestima, nossas pacientes se sentem mais felizes, pois sabem que superaram a fase mais difícil do tratamento e podem retomar suas vidas”, completa Dr. Ítalo Bozzola Filho, professor e cirurgião plástico do HB, responsável pelo ambulatório de reconstrução mamária.
No HB são feitas, todos os anos, cerca de 2.200 cirurgias plásticas, dentre elas tumores de pele, reconstrução e redução de mamas, traumas de face, de mão, escaras, feridas, plástica de nariz, de abdome, de face, doenças congênitas, reconstrução de orelhas, além de sequelas de queimaduras, dentre outras tanto pelo SUS quanto convênios.
O serviço de cirurgia plástica nasceu juntamente com o centro cirúrgico do Hospital de Base numa cirurgia, dentre as duas primeiras da história, de fissura labiopalatina, em 1971. A partir daí o serviço se desenvolveu e em 1982 foi fundado o centro de treinamento de residentes da cirurgia plástica, considerado um dos melhores do país em qualidade. Atualmente, o HB realiza praticamente todos os atos de cirurgias plástica estéticas (correção de anatomia imperfeita) e reparadoras (reconstrução da anatomia perdida) atendendo todos os tipos de pacientes do SUS, convênio e particular dependendo do procedimento.
Por: Assessoria de Imprensa
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