A Polícia Civil de Catanduva, interior de São Paulo, abriu inquérito para investigar a morte de um homem de 56 anos ocorrida no último sábado (18) dentro do banheiro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. A investigação se iniciou após denúncia da esposa do paciente, que alega negligência médica.
De acordo com o boletim de ocorrência, Pedro Fabrício Furlan procurou atendimento na UPA na quinta-feira (16) queixando-se de fortes dores no peito. Após passar por exames, os médicos diagnosticaram dores musculares e o liberaram. Na sexta-feira (17), as dores persistiram e ele retornou à unidade, onde foi submetido a novos exames.
A esposa relatou que foi informada pelos médicos que o quadro do marido não apresentava gravidade, mas que ele permaneceria em observação, sendo proibida de acompanhá-lo. Posteriormente, ela foi chamada e encontrou Pedro já sem vida no banheiro da UPA.
A esposa também denunciou que, após a constatação do óbito, uma assistente social a abordou, informando sobre o término do plantão médico e questionando se ela preferia registrar o óbito com as causas inconclusivas constantes no atestado, ou pagar R$ 5 mil para uma investigação mais detalhada da causa da morte.
A Secretaria Municipal da Saúde de Catanduva lamentou o ocorrido e afirmou que, em análise prévia do prontuário do paciente, foram seguidos todos os protocolos indicados para o caso, incluindo exames de eletrocardiograma e dosagem de enzima cardíaca. A secretaria também ressaltou que o atendimento foi realizado de forma humanizada e em conformidade com as normas técnicas. Uma comissão técnica foi instalada para acompanhar o caso e apurar os protocolos adotados, incluindo a conduta médica. A prefeitura declarou desconhecer o boletim de ocorrência registrado sobre os fatos e informou que adotará todas as medidas necessárias. Sobre a denúncia de cobrança de R$ 5 mil, a prefeitura informou que não teve acesso ao boletim de ocorrência e, portanto, não pode se manifestar.
Fonte: g1.globo.com
