Um veto chinês ao fornecimento de terras raras com aplicação militar surge como um ponto nevrálgico na tensa relação comercial com os Estados Unidos. A medida, implementada sob a gestão de Xi Jinping, tem potencial para impactar significativamente a indústria bélica americana, ameaçando aproximadamente 80% da produção de armamentos do país.
Terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos essenciais na fabricação de diversos produtos de alta tecnologia, incluindo componentes eletrônicos, turbinas eólicas, baterias de carros elétricos e, crucialmente, sistemas de defesa. A China domina a produção global desses materiais, exercendo considerável influência sobre cadeias de suprimentos em todo o mundo.
A restrição ao fornecimento de terras raras com uso militar representa uma escalada nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo. O impacto potencial na capacidade de produção militar dos EUA levanta questões sobre a dependência americana de um único fornecedor para materiais estratégicos e reacende o debate sobre a necessidade de diversificação das fontes e o desenvolvimento de alternativas para esses elementos. A decisão chinesa sinaliza uma mudança na dinâmica do comércio global e acende um alerta para a segurança nacional dos Estados Unidos. O veto ao fornecimento de terras raras pode forçar os EUA a repensar sua estratégia de produção e a buscar novas fontes de materiais essenciais para manter sua capacidade militar.
Fonte: www1.folha.uol.com.br