A iconografia alienígena passou por uma significativa evolução ao longo das décadas, refletindo mudanças na nossa compreensão do mundo e nas nossas próprias ansiedades e aspirações. A ideia de extraterrestres, inicialmente associada a figuras grotescas e ameaçadoras, evoluiu para representações mais complexas, incorporando elementos de fascínio e até mesmo de admiração.
Essa transformação acompanha o desenvolvimento tecnológico e científico da humanidade. Se no passado os alienígenas eram frequentemente retratados como seres hostis vindos do espaço sideral com intenções de invasão e dominação, o presente testemunha uma crescente incorporação da inteligência artificial (IA) na figura alienígena.
A representação de alienígenas como seres detentores de tecnologia avançada, incluindo a IA, reflete a nossa crescente compreensão do potencial e dos riscos inerentes à própria IA. A maneira como definimos o medo, o fascínio e, até mesmo, a esperança, está intrinsecamente ligada à forma como imaginamos essas entidades extraterrestres. O imaginário popular, impulsionado pela ficção científica e pelo debate científico, continua a moldar a nossa percepção do “outro” cósmico, seja ele uma ameaça ou uma promessa. Essa jornada no imaginário popular ilustra não apenas a nossa busca por vida além da Terra, mas também a nossa incessante reflexão sobre a nossa própria identidade e futuro.
