O júri popular de um homem acusado de provocar um incêndio que resultou na morte de seu enteado foi interrompido na tarde desta terça-feira, em São José do Rio Preto (SP). A suspensão ocorreu após o advogado de defesa do réu deixar o plenário.
O julgamento havia começado às 13h30 e foi interrompido cerca de uma hora e meia depois. O advogado, designado pela Defensoria Pública, alegou em juízo estar se sentindo coagido e ameaçado por um indivíduo presente no local. Após a declaração, ele abandonou o julgamento.
Diante do ocorrido, a juíza responsável pela sessão decretou a suspensão do júri e anunciou que um novo julgamento será agendado, com a formação de um novo conselho de sentença.
O crime em questão ocorreu em 27 de setembro de 2022. De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o acusado, identificado como José Ediberto Timóteo da Silva, possuía um histórico de desavenças com a vítima, Hiago Fluza Maia, de 26 anos. No dia do crime, ele teria provocado o incêndio na residência onde ambos viviam, resultando na morte de Hiago, que foi encontrado carbonizado.
Segundo a denúncia do MPSP, José Ediberto saiu de casa levando um galão, dirigiu-se a um posto de combustível, comprou gasolina e retornou à residência. Ao chegar, teria utilizado uma picareta para golpear a cabeça de Hiago, causando seu desmaio. Em seguida, ateou fogo no quarto onde a vítima se encontrava.
Ao deixar o local, José Ediberto teria confessado a um vizinho: “Pode chamar os bombeiros que eu coloquei fogo na casa mesmo”. Em seguida, fugiu de bicicleta. O corpo de bombeiros foi acionado e conseguiu controlar as chamas com o auxílio de caminhões-pipa. Hiago Fiuza veio a falecer em decorrência do incêndio.
Fonte: g1.globo.com
